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MaryBlueEyes — O pesadelo
Published: 2010-05-29 09:45:03 +0000 UTC; Views: 236; Favourites: 0; Downloads: 0
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Description Acordei assustada. Tinha tido um pesadelo. Olhei para o lado e lá estava ele, a dormir que nem um anjo. Ele chama-se Rui tem cabelo castanho, curto e olhos cor de mel. É o meu namorado.
Sorri quando o vi ali ao meu lado depois do susto que apanhei. Ainda que não tivesse dado por nada estava ali, comigo.
Olhei para o relógio, marcava 7:20 da manha. Muito cedo para uma pessoa acordar num sábado, mas estava com fome, então decidi levantar-me da cama, descer as escadas e ir para a cozinha comer qualquer coisa. Quando chego à cozinha oiço umas patinhas a virem até a mim. Olhei e sorri quando vi os dois malandros da casa. O Arquimedes e o Spike.
Arquimedes é um Dogue Alemão azul e o Spike é um Pastor Alemão tradicional. Pego nas taças deles e meto a ração, quando as meto no chão eles parecem dois furacões a comer. Enquanto estão distraídos pego nas taças da água e encho-as, poiso-as, de seguida, no chão. Acaricio os dois e vou preparar o meu pequeno-almoço.
De pijama e chinelos, com uma caneca numa mão e um pão na outra, atravesso a casa até chegar à janela da sala onde poiso a caneca numa mesinha de apoio que há por perto e sento-me numa cadeira "espreguiçadeira" de lona laranja. Enquanto mordo o pão olho para o lado de fora da janela para ver como está o tempo. Está a chover torrencialmente.
À frente de casa só existe a rua e uns prédios velhos, não muito altos, que mal se vêm por causa da chuva, ainda assim continuo a olhar fixamente para a água a cair.
Ao meu lado oiço um miar, era a Trufa, uma gata cheia de pêlo, arraçada, vários tons de castanho e mel e uma cauda farfalhuda. Salta para o meu colo assim que levanto as mãos para lhe dar espaço. Enquanto como o pão e olho pela janela, faço festas no pêlo macio da gata. Acabo o leite e o pão e ali continuo a olhar pela janela, a pensar em tudo e em nada. Tudo me vem à cabeça, desde o pesadelo com que sonhei até ao porquê da chuva cair…
A gata adormeceu no meu colo, tal como os cães, no chão deitados um de cada lado da espreguiçadeira. Ali estou, sossegada, penetrada nos meus pensamentos em nada, de tal forma que perco a noção do tempo, e quando finalmente volto a mim oiço uns passos, preguiçosos, a descerem as escadas. Olho para a porta da sala e vejo-o a espreitar pelas portas da casa, para me encontrar. Quando me vê sorri gentilmente ao qual eu lhe retribuo também com um sorriso.
- Bom dia. – diz-me ele enquanto de aproxima.
- Bom dia amor. – respondo-lhe dando-lhe, de seguida, um beijo na boca.
- Acordaste cedo. – afirma ele.
- Sim, acordei com um pesadelo.
- Então? – acaricia-me o cabelo, coloca-se por detrás da espreguiçadeira, inclinando-se de modo a me dar um abraço e encostar a cabeça dele à minha.
- Acordei assustada, e com fome.
- 'Tadinha. – Diz-me ele dando-me um beijo na bochecha para me reconfortar – olha vou preparar algo para mim também, sim?
- Sim. Eu vou contigo.
Levanto-me devagar, para dar a entender à Trufa que tem de sair de cima de mim. Os cães, que acordaram quando o ouviram a aproximar-se, levantam-se e seguem-nos enquanto nos dirigimos para a cozinha abraçados, e eu com a caneca vazia na mão livre. Como ele é mais alto que eu ele abraça-me os ombros e eu paço o meu braço pela cintura dele. Depois de ele comer e arrumar-mos a loiça, voltamos para o quarto. Desta vez os cães são autorizados a entrar no quarto, e deitam-se cada um de um lado da cama, depois de nos termos deitado nela. A seguir a uns beijos, uns sorrisos e uns "amo-tes" ele começa a fazer-me cócegas. Eu contorço-me toda a rir. Ele adora ouvir-me a rir mas não gosta que eu sofre demais, tal como qualquer namorado, e então pára depois de estar satisfeito por eu me ter rido e beija-me a bochecha como recompensa pela graça que me fez. Eu viro-me e retribuo com um beijo na boca e um sorriso glamouroso. Depois de um sorriso tão bonito e sedutor ele não resiste em pensar no mesmo que eu, e como também o quer, escondemo-nos debaixo dos lençóis. Continua a chover bastante, os cães dormem no chão, em cima dos tapetes, e nós divertimo-nos um com um outro, debaixo dos lençóis, perdendo a noção do tempo a passar. Quando acabámos, fui tomar um duche, ao qual ele sorrateiramente, se infiltrou e ali ficamos os dois a tomar banho juntos. A chuva parara de cair mas o céu continuava cinzento ameaçando mais chuva para o resto do dia.
Os cães brincavam no final das escadas e a gata sentada num degrau a observar atentamente a cada movimento deles. Nós os dois na cozinha, ele sentado ao balcão que existe no meio da cozinha e eu a arrumar as coisas.
- Onde vamos? – pergunto-lhe olhando pela janela da cozinha para ver o tempo.
- Logo vês. Primeiro vamos ao café do Sr. Júlio, depois é surpresa. – Responde-me ele com um sorriso malandro.
- Tu vê lá. É que passear ao ar livre com o tempo que está é arriscarmo-nos a chegar a casa todos encharcados.
- Pois, tens razão, mas ainda assim o meu plano pode ser concretizado.
- Ok tu lá sabes. – aproximo-me dele e dou-lhe um beijo – vamos então? A esse lugar especial?
- 'Bora.
Ele levanta-se e dirigimo-nos para a entrada. Eu pego no casaco visto-o e pego na mala. Ele veste o seu casaco e pega num guarda-chuva. Saímos de casa e vamos até ao café do Sr. Júlio.
- Bons dias jovens! – Saúda-nos o Sr. Júlio, limpando o balcão. Ele é baixo, gordo, com barriga de cerveja, barba rasa mas muito simpático e sempre alegre.
– São dois cafezinhos? – pergunta ele.
- Sim Sr. Júlio, por favor – responde o Rui enquanto nos sentamos nos bancos altos do balcão. Com isto aparece a Dona Júlia, baixinha e cheiinha como o seu marido. São um casal cómico e extremamente simpático.
- Bom dia meninos! – Diz ela limpando as mãos ao pano que está no bolso do avental enquanto nos cumprimenta – Então que trás por cá este casal maravilhoso ao nosso humilde café?
- Viemos fazer-vos uma visita antes de irmos a um lugar.
- Lugar Ruizinho? O que vai sair daí?
- Ele diz que é surpresa.
- Está bem. Eu tenho que ir para a cozinha, tenho coisas para arrumar. Divirtam-se meninos.
- Sim senhora Dona Júlia. - responde Rui
- Com certeza Dona Júlia. – afirmo eu.
Os cafés chegam, bebemos os cafés e saímos do café.
- Então e agora já me podes dizer onde vamos?
- Quando lá chegarmos vais ver.
- Tu és tão malandro… - Digo sorrindo-lhe.
E então dirigimo-nos para o cinema. Vemos um filme de romance, abraçamo-nos, trocamos uns olhares e uns beijos durante o filme, e quando este acaba, saímos da sala. Estamos com fome por isso vamos até um daqueles vendedores de rua e compramos umas queijadas. O céu abriu o que nos dá oportunidade de darmos um passeio pela marina, e aproveitar o sol que restava. Vamos para casa, jantamos umas sandes, brincamos com os cães e exaustos vamos para a cama dormir.

MBE 28/05/2010
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Comments: 5

MoonWaterLily [2010-07-07 01:43:04 +0000 UTC]

Adoravel Mary!!!! Simplesmente adoravel!!! Infelizmente ja nao existem cromossomas Y assim TwT

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MaryBlueEyes In reply to MoonWaterLily [2010-07-07 13:50:21 +0000 UTC]

gostei dessa dos cromossomas xD onde é que ouviste essa rapariga?

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MoonWaterLily In reply to MaryBlueEyes [2010-07-25 14:31:25 +0000 UTC]

Nao sei... Acho que sou capaz de ter inventado na altura... haha! Mas e pura verdade. Muito infelizmente.

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AnnaTheVampireSlayer [2010-05-29 12:52:54 +0000 UTC]

Eeep está um amor!! Adorei mesmooo!! (: Até logo ^^ (Ahaha o que tu queres sei euuu... )

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MaryBlueEyes In reply to AnnaTheVampireSlayer [2010-05-30 09:27:54 +0000 UTC]

sabes tu e eu! xP

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