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Description
Sedosa a água vem devagar como já sabendo… as pálpebras pesam-me muito… e vou ouvindo a sua respiração, sentindo a vibração do aspirar refutativo, errante, é somente um túmulo… ficar impávido no ouvir… ouvir os seus finais sussurros… debate-se numa prisão de estiletes de cetim e juncos. Debato-me num soneto aquático feito de safiras e marfim… de alfinetes e pregos enferrujados… fita-cola desbotada do papel, a água e sol tingem listras sobre a pele e vão sulcando a pouco e pouco o meu olhar com lágrimas… amputa as asas se puderes nadar, correntes avermelhadas marcarão os panejamentos superficiais… e irão deixar tracejados musgosos por entre cada rocha cor de sangue… libélulas testemunharão o abater… os pulsos arrancados, sépalas rasgadas do teu sofrer. E tu largarás finalmente a infâmia de ser apenas uma coisa mais na triste parede…

As if silk the water slowly arrives as if knowing… my lids weight way too much… and slowly I hear such breaths, the felt of the refuted sorving, erroneously, being only as a coffin… mutely standed listening… listening the final notes… dwelling in a prison of satinated branches. Dwelling in an aquatic sonnet of marphin and sapphires… of maiden pins and rusty nails… blotching duck-tape of the paper, the water and the sun run in lines threw the skin… and go sulking little by little the eyes with tears… amputate therefore the wings if you can swim, streams of red are surely going to stain the drapery surface… and leave bloody moss lines along the shore stones… dragonflies will testify… such teared pulses, sepals reaped of your suffering. And you would leave at least the infamy of being just one more pretty thing on that sad wall…

The work displayed in this gallery is copyright'd and propriety of ~nightmare-orchestra all use without permission of integral or parcial work as well as characters is punishable by law.

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Sedosa a água vem devagar como já sabendo… as pálpebras pesam-me muito… e vou ouvindo a sua respiração, sentindo a vibração do aspirar refutativo, errante, é somente um túmulo… ficar impávido no ouvir… ouvir os seus finais sussurros… debate-se numa prisão de estiletes de cetim e juncos. Debato-me num soneto aquático feito de safiras e marfim… de alfinetes e pregos enferrujados… fita-cola desbotada do papel, a água e sol tingem listras sobre a pele e vão sulcando a pouco e pouco o meu olhar com lágrimas… amputa as asas se puderes nadar, correntes avermelhadas marcarão os panejamentos superficiais… e irão deixar tracejados musgosos por entre cada rocha cor de sangue… libélulas testemunharão o abater… os pulsos arrancados, sépalas rasgadas do teu sofrer. E tu largarás finalmente a infâmia de ser apenas uma coisa mais na triste parede…

As if silk the water slowly arrives as if knowing… my lids weight way too much… and slowly I hear such breaths, the felt of the refuted sorving, erroneously, being only as a coffin… mutely standed listening… listening the final notes… dwelling in a prison of satinated branches. Dwelling in an aquatic sonnet of marphin and sapphires… of maiden pins and rusty nails… blotching duck-tape of the paper, the water and the sun run in lines threw the skin… and go sulking little by little the eyes with tears… amputate therefore the wings if you can swim, streams of red are surely going to stain the drapery surface… and leave bloody moss lines along the shore stones… dragonflies will testify… such teared pulses, sepals reaped of your suffering. And you would leave at least the infamy of being just one more pretty thing on that sad wall…

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